quarta-feira, novembro 02, 2005

A ida

Bem, a ida até à fronteira foi o normal como quando faço um visa run. Autocarro até Aranyaprathet numa viagem de quatro horas e meia e depois um tuk-tuk até à fronteira. Como que um presságio para o que nos aguarda, uns muídos ou devo dizer muídas roubaram o télélé à Nanta. Talvez por falta de experiência da parte dela mas também porque foram extremamente rápidas. O facto mais incrível é o da "impotência" da polícia em resolver qualquer questão pois apesar de saberem quem foi não tomam qualquer acção, uma palhaçada...tenho dito.
Entrar no Cambodja é simples desde que se paguem os mil bahts pedidos, que deviam ser apenas vinte dólares. Pois como já tinha dito, por cada um que pague os mil bahts, os oficiais metem quatro/cinco dólares ao bolso o que equivale a dizer que por cada cem pessoas que passam na fronteira alguém recebe um bom ordenado de 400/500 dólares e não deve ser preciso mais de um dia para o receber pois são imensos estranjas a cruzar a fronteira.

Uns minutos depois estamos em Poipet e diga-se que a diferença é bem notória. Se na Tailândia é um caos organizado no Cambodja( ou Cambodia) é o caos e a corrupção organizada.
Apesar de ter detalhes sobre os meios de transporte até Siem Reap foi díficil escapar aos esquemas organizados e lá caímos na "esparrela" (vejam o site www.talesofasia.com na secção do Cambodja/Overland para saberem mais detalhes). O esquema em que caímos foi o dos autocarros para backpackers da Khao San Rd. em Banguecoque. Pagámos um preço absurdo de 10 dólares/pessoa para uma viagem tortura numa lata de sardinhas com mais de 25 pessoas.

Este foi o autocarro.

O mais engraçado é que nós fomos os únicos que pagamos este preço, bem a história é complicada demais para contar em detalhe e como já estou a escrever bastante fica para outra altura.
Como se não bastasse o que vinha pela frente era bem pior. Tivemos de esperar duas horas pelo autocarro (faz parte do esquema organizado) e partir um pouco antes do pôr-do-sol. A estrada é uma tortura, impossível de descrever o sofrimento e como se não fosse suficiente, as supostas 5 horas de viagem transformaram-se em 12 para percorrer uns míseros 153km. O que posso dizer, é impossível descrever o sofrimento,só mesmo vivido.

pela noite dentro, ainda no autocarro

Foi uma espécie de morte lenta numa estrada completamente esburacada e alagada por alguma chuva, pontes com tábuas de madeira, um autocarro que mais parecia um batedor de mexidos humano. Não dá para descrever... penoso demais... algo que nunca mais. No autocarro iam, franceses, irlandeses, espanhóis, italianos, americanos, cambodjanos (/as) e nós.
Um dos italianos dizia: Siem Reap não existe, apenas nas vossas mentes. De facto parecia um teste para ver se eramos dignos de ver o que nos esperava em Siem Reap: Angkor Wat!

Continua...

Escrito em tempo real sem grande possibilidade de edição por isso peço desculpas pelos eventuais erros ortográficos.

1 Comments:

At 2:58 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Caramba, mano. A tua descrição parece o argumento dum filme de terror. Até tenho medo de saber o resto, glup...
Espero que Angkor Wat tenha valido o sofrimento. E eu que te ia sugerir para aproveitares enquanto aí estás para ires dar umas voltas pelo Laos e Vietname...

Pedro ;-.)

 

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